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Domingo, 27.11.11

40º Congresso Mundial das Academias do Bacalhau em Recife (Brasil).

Texto enviado por: João Maia

 

As academias do bacalhau são organizações fundadas por portugueses na diáspora com o objectivo de defender os valores da portugalidade, lusofonia e solidariedade. Hoje as academias do bacalhau estão espalhadas por todo o mundo agrupando cerca de 40 mil compadres e comadres. A representação da Academia do Bacalhau de Estremoz foi efectuada por mim, pelo meu pai (Agostinho Maia), pelo Drº José Moreira (de Casa Branca) e pelo Eng. Barnabé Ramalho. O discurso da Academia do Bacalhau de Estremoz foi elaborado e proferido por mim,

na qualidade de vice-presidente da assembleia-geral. Ora, na minha opinião, é relevante que vocês publiquem que pessoas do nosso Concelho e da nossa terra representaram a cidade da nossa região, no Brasil, num Congresso de nível mundial. Só agora vos envio este material pois, por uma questão de ética, esperei que parte dele fosse publicado na revista da Academia do Bacalhau de Estremoz. Esta revista foi então distribuida este fim-de-semana em Estremoz numa cerimónia que premiou Pedro Atalho (da Vila de Cano) como o melhor aluno da Escola Secundária de Estremoz nas disciplinas de História e Português e onde entregámos um donativo à Cerci Estremoz.

 

Discurso:

 

Discurso de Representação da Academia do Bacalhau de Estremoz Ao Compadre Presidente anfitrião; aos Compadres Presidentes das Academias presentes; a todas as Comadres e Compadres, em nome da Academia do Bacalhau de Estremoz e em especial em nome do seu Presidente Francisco Ramos, faço votos de um óptimo congresso e, que daqui saiam conclusões interessantes para o nosso movimento académico. Votos ainda para que a visita a este maravilhoso país irmão, seja bem aproveitada por todos e que ao terminar fiquem com desejo de voltar. Para todos, a Academia do Bacalhau de Estremoz, envia um grande abraço amigo e fraterno, com um caloroso Gavião de Penacho.

A escolha do Brasil e da cidade do Recife, em particular, para a realização deste Congresso foi de facto muito feliz. O fortalecimento dos laços entre o Brasil e a comunidade lusófona e, em especial, entre o Brasil e Portugal são vitais não só devido a questões de ordem cultural mas também, acima de tudo, como forma de salvaguardar o futuro da herança histórica da portugalidade. Ao olharmos para as características e para as potencialidades de um país como o Brasil, ficamos com a certeza que o Brasil será aquilo que os brasileiros quiserem. A diferença existirá enquanto nós a percepcionarmos como tal. Não esqueçamos que os portugueses na diáspora disseminaram, entre várias coisas, genes, língua e uma cultura que originou um caldo híbrido que pura e simplesmente não tem fronteiras de fácil delimitação. A diferença existe essencialmente quando os nossos laços de solidariedade e justiça falham e o factor económico impõe a sua lei privando a Humanidade da sua dignidade. Academias do Bacalhau de todo o mundo: caridade não, solidariedade sempre! Nós, em Estremoz, numa academia que reúne sempre mensalmente várias dezenas de compadres e comadres e que conta já nas suas fileiras com um total de algumas centenas de elementos, temos vindo a apoiar a obra social em Centros para os idosos e para os mais desfavorecidos mas também temos vindo a premiar o mérito escolar dos nossos jovens e a praticar o incentivo à actividade cultural na nossa cidade. Tudo isto assente no mais salutar espírito de confraternização intergeracional. As Academias do Bacalhau têm perante si um desafio que poderá ser uma extraordinária oportunidade. A criação de um espaço “avançado” de intercâmbio lusófono pondo também em contacto a criatividade e o empreendedorismo das novas gerações tem um potencial enorme que urge aproveitar. A criação e dinamização de grupos e/ou secções de juventude em todas as academias bem como a realização e dinamização dos congressos mundiais em alturas do ano que favoreçam a participação dos jovens do espaço lusófono são medidas que devem ser tomadas o quanto antes. O intercâmbio só será sólido se as componentes da solidariedade, da economia e da cultura não forem vistas como desligadas umas das outras. No espaço lusófono urge encontrar uma força que garanta um futuro que poderá ser brilhante. Ousamos pois, Compadres, vários séculos depois, nesta terra pisada por Cabral, dar novos horizontes ao mundo. Mais uma vez, com um Gavião de Penacho, bem hajam a todos, Compadre João Maia.

 

 

 

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por @Mota@ às 23:11


4 comentários

De canense a 28.11.2011 às 17:06

acho que o amigo quim não leu o texto na integra, passo a citar; por uma questão de ética, esperei que parte dele fosse publicado na revista da Academia do Bacalhau de Estremoz. Esta revista foi então distribuida este fim-de-semana em Estremoz numa cerimónia que premiou Pedro Atalho (da Vila de Cano) como o melhor aluno da Escola Secundária de Estremoz nas disciplinas de História e Português e onde entregámos um donativo à Cerci Estremoz.

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