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Domingo, 07.10.12

Mais Um Livro de João Richau. ( Camaleão ou Talvez Não )

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Tino apaixona-se perdidamente por uma estranha e bela rapariga, cujo destino trágico ignora. António é apanhado num turbilhão de sentimentos de amor possessivo, votando a namorada ao desprezo. Tânia, a rapariga abandonada, desenvolve uma aparente patologia rara e estranha, levando o viúvo António ao desespero. Joana, uma rapariga de modos simples, agrada-se de Tino e traz-lhe a felicidade tardia, mas muito compensadora. A solidariedade social apodera-se de todos, unindo-os numa missão comum.

 

A Compra do livro é feita online.

 

clique no link.

http://www.bubok.pt/libros/6095/Camaleao-ou-talvez-nao

 

 

Um "cheirinho" do Romance ;

 

Aquela imagem não lhe saía da cabeça. Foi assim durante anos, apagando por completo a imagem de beleza que tão bem se definira anteriormente na sua cabeça. Lá estava também o tio Gualdino e as gentes da paróquia mais envolvidas. - Isto é que foi uma triste sina, Tino. Felizmente que não - É verdade, tio Gualdino. Que idade tinham os pais? - Se bem me lembro, o pai devia ter uns 40 anos e mãe uns 38. Mais coisa, menos coisa. - Teresa tinha 32 anos, tio Gualdino. É terrível - E o marido? - O marido é aquele que está ali de preto, com o braço ao peito. Ao princípio, nem quis assistência médica. Mas pouco depois começou a sentir fortes dores no braço direito e foi-se a ver estava partido em dois sítios. Só teve mais uma escoriação na perna direita. Se reparar, há-de notar que ele coxeiaà - Já tinha reparado, sim. E, segundo ouvi na televisão, morreram mais 7 pessoas. Foram 7 mortos e 16 feridos graves. Mas agora já se sabe que, afinal, foram 10 mortos, porque três acabaram por morrer em menos de 24 horas, uma tragédia...... António precisou de uns 30 dias de baixa, para se recompor dos traumatismos ósseos e mentais que sofrera. Subitamente na sua vida, via-se viúvo. As saudades da sua Teresa, mulher fora do vulgar, que lhe fora tão querida tornaram-se avassaladoras. António passou quase todo o mês de baixa em casa, saindo muito pouco. O vazio da casa, agora ainda maior, estava a deixá-lo num estado de absoluto desespero. Todos os objectos que via lhe traziam Teresa à memória. Durante uns breves instantes, ainda acreditava que logo mais Teresa regressaria de mais uma viagem. 

 

 

 

_______________________________////________________________________

 

 

Quando se recordava do que acontecera, chorava desamparado. A única distracção que tinha era vir para a varanda e perder o olhar no vasto estuário. Divagar sobre a vida, olhando os barcos no Tejo. E foi quando se lembrou de Tânia. Ligou-lhe diversas vezes, mas não obteve resposta. Ela tinha-lhe dito que mantinha o mesmo número. António tinha apagado o seu contacto por pressão de Teresa, mas recordava-se perfeitamente do número. O que seria? Ao fim de umas horas, lembrou-se de abrir o computador e enviar-lhe um mail. Afinal, Tânia já o contactara. àAntónio, por favor, não me telefones mais. Não quero intrometer-me numa relação. Nem quero que a tua mulher me venha a perseguir, e com razão. Preciso de me concentrar no meu doutoramento. É a única saída imediata para a minha emediata para a minha vida...

António chorou, perdido, mais uma vez. Nos últimos dias, pouco mais havia feito. Quando recuperou minimamente o ânimo, respondeu ao mail de Tânia. àTeresa já não está entre nós, Tânia. Faleceu há quase um mês num brutal acidente. Preciso encontrar-me contigo urgentemente. A.à Tânia estava on-line e respondeu de imediato. António foi ter com ela, ainda de braço ao peito. Seguiu de táxi, pois não podia conduzir nem tinha carro. Tânia regressara ao seu estilo normal. Vestia informalmente, enquanto António se habituara já a um estilo mais sofisticado. O contraste era nítido para quem os observasse ali sentados naquela esplanada. Embora ambos se mostrassem igualmente afectados. António, pelas dores físicas e psicológicas que ainda sentia. Tânia pelas surpresas que a vida lhe reservara nos últimos anos. - Ias com ela no carro?

 

.-.......... (comprem o livro.)  

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por @Mota@ às 15:41


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